top of page

ree

Com quase 3 mil participantes, conferência paulista aprova todas as propostas apresentadas e reafirma o compromisso do estado com as políticas públicas de diversidade


São Paulo (SP) — Realizada de 1º a 3 de agosto de 2025, a 4ª Conferência Estadual dos Direitos das Pessoas LGBTQIA+ de São Paulo mobilizou quase 3 mil pessoas em suas etapas municipais e livres, consolidando-se como uma das maiores do país. Com o tema “Construindo a Política Nacional dos Direitos das Pessoas LGBTQIA+”, o evento reafirmou o papel histórico do estado na defesa da diversidade e dos direitos humanos.

A conferência teve forte caráter participativo e propositivo, reunindo representantes de 41 municípios, entre movimentos sociais, universidades, gestores públicos e parlamentares. O processo resultou na aprovação unânime das 384 propostas apresentadas, marco que simboliza o grau de maturidade política e convergência das lutas LGBTQIA+ em São Paulo.

Ao todo, 532 propostas foram recebidas nas etapas municipais e livres. Após um processo de sistematização transparente e colaborativo, as propostas foram agrupadas e revisadas para garantir clareza e viabilidade técnica, respeitando o caráter democrático do processo e o protagonismo das delegações municipais.

O documento final aprovado orientará o trabalho conjunto entre governo estadual, sociedade civil e municípios, servindo de base para o fortalecimento das políticas públicas de diversidade em São Paulo.

O consenso alcançado reflete o compromisso coletivo com o diálogo e a construção de políticas de Estado inclusivas. A conferência paulista mostrou que, quando há escuta e organização, a pluralidade se transforma em política pública e a diferença em força coletiva.


Evento reuniu representantes de seis municípios e destacou políticas para enfrentamento à violência, geração de renda e acolhimento de populações indígenas e migrantes


Boa Vista (RR) — A 4ª Conferência Estadual dos Direitos das Pessoas LGBTQIAPN+ de Roraima, realizada nos dias 9 e 10 de setembro de 2025, reuniu representantes de Amajari, Boa Vista, Cantá, Rorainópolis, Pacaraima e Uiramutã, consolidando um processo participativo que refletiu a diversidade amazônica e o protagonismo das populações trans, indígenas e migrantes.

Com 110 participantes, o evento foi marcado pela articulação entre sociedade civil, poder público, universidades e movimentos sociais, que construíram coletivamente propostas voltadas à promoção da cidadania e ao fortalecimento das políticas públicas LGBTQIA+.

Os debates abordaram enfrentamento à violência, trabalho e geração de renda, interseccionalidade e internacionalização das políticas públicas, além da institucionalização das políticas de Estado voltadas à diversidade sexual e de gênero. Entre as principais deliberações, estiveram a criação de Centros de Referência LGBTQIA+ com atendimento multiprofissional, a capacitação obrigatória de agentes públicos nas áreas de segurança, saúde e educação, e a ampliação de ações de inclusão produtiva e empreendedorismo LGBTQIA+.

Também ganharam destaque as discussões sobre a inclusão da identidade de gênero em cadastros oficiais, o acolhimento a migrantes e refugiados LGBTQIA+, a revogação de leis estaduais “anti-gênero” e a convocação do Conselho Estadual LGBTQIA+. A conferência defendeu ainda a implementação de cotas para pessoas trans e travestis em estágios, concursos públicos e universidades, reforçando o compromisso com a igualdade de oportunidades.

A diversidade territorial e cultural do estado foi refletida nas pautas sobre educação, cultura e direitos humanos nas fronteiras, com ênfase na valorização das línguas indígenas e no reconhecimento das especificidades das populações originárias e migrantes.

Ao final, as propostas aprovadas foram consolidadas para encaminhamento à etapa nacional, reafirmando Roraima como território de articulação, resistência e inovação social. A conferência demonstrou que a cidadania também se constrói nas margens — nas aldeias, nos abrigos e nas travessias, onde a diversidade encontra sua expressão mais viva.


Conferência estadual reuniu representantes do poder público, sociedade civil e universidades para discutir governança, enfrentamento à violência e geração de renda


Porto Velho (RO) — Nos dias 25 e 26 de agosto de 2025, o estado de Rondônia realizou sua 4ª Conferência Estadual dos Direitos das Pessoas LGBTQIA+, sob coordenação da Secretaria de Estado da Assistência e Desenvolvimento Social (SEAS/RO). O evento reuniu representantes do poder público, movimentos sociais, academia e sociedade civil, consolidando um espaço de diálogo federativo e intersetorial em defesa da cidadania e dos direitos humanos.

A abertura da conferência contou com autoridades das esferas Judiciária, Executiva e Federal, incluindo representantes do Tribunal de Justiça, Ministério Público, Defensoria Pública, Ministério da Saúde, Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania, Casa de Direitos (Cáritas Brasileira) e Universidade Federal de Rondônia (UNIR).

Os debates se concentraram em quatro eixos temáticos: governança e participação social, enfrentamento à violência, trabalho e geração de renda, e políticas interseccionais de saúde, educação e cultura. Foram aprovadas propostas de fortalecimento da articulação entre os poderes públicos e a sociedade civil, com destaque para a inclusão da pauta LGBTQIA+ no ciclo orçamentário estadual e para a integração federativa entre União, estados e municípios.

A conferência também aprovou moções pela ampliação das políticas de saúde, educação e cultura, além da eleição de delegadas e delegados que representarão Rondônia na etapa nacional.

Em seus painéis, foram ressaltadas a importância da qualificação profissional, do combate à violência institucional e da promoção da cultura como expressão de cidadania. As discussões reforçaram ainda o papel da Casa de Direitos de Porto Velho no acolhimento de pessoas LGBTQIA+ em situação de migração e vulnerabilidade.

O evento encerrou-se com a validação das propostas estaduais e a reafirmação do compromisso conjunto entre Estado e sociedade civil na promoção da igualdade, da justiça social e da inclusão.

Rondônia demonstrou que, mesmo em contextos de adversidade, é possível construir políticas baseadas na escuta, na corresponsabilidade federativa e na defesa da diversidade.


Assinatura conjunta - Positiva - LGBTQIA+.png
bottom of page