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Evento reuniu 420 participantes e aprovou moções em defesa da saúde integral e das cotas para pessoas trans na FURG


Porto Alegre (RS) — A 4ª Conferência Estadual de Direitos das Pessoas LGBTQIA+ do Rio Grande do Sul, ocorrida em 1º a 3 de agosto de 2025 , em Porto Alegre, reuniu 420 participantes e teve forte caráter político e institucional, marcado pelo enfrentamento aos retrocessos nas áreas da saúde e da educação.

Entre as moções aprovadas, destacaram-se o repúdio à Resolução CFM nº 2427/2025, do Conselho Federal de Medicina, e a defesa das cotas para pessoas trans na Universidade Federal do Rio Grande (FURG). A resolução do CFM, publicada em abril de 2025, foi considerada pela plenária um retrocesso nos direitos de acesso à saúde, por impor restrições severas a procedimentos de afirmação de gênero, como a exigência de acompanhamento psiquiátrico por um ano antes do início da hormonização ou de cirurgias.

A conferência convocou outras entidades e órgãos aliados da população trans a se manifestarem publicamente contra a medida e reforçou o compromisso do estado com políticas públicas de saúde integral, equidade e respeito à diversidade.

A defesa das cotas trans na FURG também foi aprovada como moção, reafirmando o papel da universidade na democratização do ensino superior e na promoção da igualdade de oportunidades.

Com representações de municípios de todas as regiões - entre eles Porto Alegre, Pelotas, Canoas, Caxias do Sul, Bagé, Alegrete e Rio Grande -, o evento consolidou o Rio Grande do Sul como um dos polos de mobilização política e social do país na defesa dos direitos LGBTQIA+.

Mais do que um espaço de deliberação, a conferência reafirmou que a luta por direitos é também uma luta por reconhecimento, autonomia e justiça social.



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Evento reuniu 200 participantes e articulou arte, fé e memória na defesa dos direitos humanos e da cidadania LGBTQIA+


Natal (RN) — Nos dias 29 e 30 de setembro de 2024, o Rio Grande do Norte realizou sua Conferência Estadual LGBTQIA+, marcada por uma programação simbólica que uniu diversidade religiosa, cultura e visibilidade trans e travesti. Com 200 participantes, incluindo 158 delegadas e delegados, o evento reafirmou o compromisso do estado com o enfrentamento à violência e a valorização da pluralidade como fundamentos da cidadania.

A abertura inter-religiosa reuniu representantes de religiões de matriz africana, da comunidade cristã Nova Esperança e da comunidade espírita, promovendo um espaço de diálogo e respeito à pluralidade de crenças.

A visibilidade trans e travesti foi um dos eixos centrais da conferência. A artista e ativista Aysha Lemo realizou uma performance sobre vivência, resistência e luta trans, reivindicando reconhecimento profissional, valorização da arte e inserção das pessoas trans e travestis nos espaços de poder e cultura.

Um dos momentos mais marcantes foi o ato em homenagem à delegada trans Magnólia, assassinada em Pau dos Ferros. A projeção de imagens de pessoas trans vítimas de violência letal e o grito coletivo de “Parem de nos assassinar”deram força política e emocional ao encontro. Em discurso, a professora Leilane Assunção destacou a urgência de políticas públicas de segurança, proteção e visibilidade para travestis e transexuais.

A programação também contou com a apresentação do grupo “A Casa das Monstras de Açu”, que utilizou a arte como instrumento de convivência e reconhecimento da diversidade, prestando homenagem à governadora do estado e simbolizando o diálogo entre cultura e gestão pública.

Com a participação de movimentos sociais, artistas, representantes religiosos e gestores públicos, a conferência potiguar reforçou a interseccionalidade entre diversidade religiosa, cultura, segurança e cidadania, consolidando o Rio Grande do Norte como um território de memória, resistência e compromisso com os direitos humanos.


Evento marcou a retomada da agenda LGBTQIA+ após dez anos e consolidou propostas voltadas à institucionalização e ao enfrentamento da violência


Rio de Janeiro (RJ) — Entre os dias 6 e 9 de agosto de 2025, a 4ª Conferência Estadual de Políticas Públicas e Direitos das Pessoas LGBTQIA+ reuniu 690 participantes, sendo 584 pessoas delegadas e 106 pessoas convidadas, no Rio de Janeiro.

O evento marcou a retomada das conferências estaduais após uma década e resultou de um amplo processo participativo que incluiu 11 conferências regionais e 4 conferências livres, realizadas entre abril e julho de 2025. As etapas preparatórias mobilizaram favelas, regiões rurais e comunidades migrantes, garantindo diversidade territorial e social.

A conferência abordou os quatro eixos propostos nacionalmente — enfrentamento à violência, trabalho digno e geração de renda, interseccionalidade das políticas públicas e institucionalização dos direitos. Entre as propostas consolidadas, destacam-se a inclusão da diversidade sexual e de gênero nos Planos Plurianuais (PPAs), a destinação de orçamento público com recorte LGBTQIA+ e a criação e fortalecimento de coordenadorias municipais voltadas à pauta.

Participaram representantes da sociedade civil, do poder público e de movimentos sociais, incluindo policiais civis e militares, educadores, gestores públicos, servidores estaduais e municipais, coletivos e ONGs. O caráter intersetorial e democrático dos debates reforçou o compromisso do estado com a transversalização das políticas de diversidade.

Com ampla mobilização e participação popular, a conferência reafirmou o compromisso do Rio de Janeiro com a promoção da cidadania LGBTQIA+, a defesa dos direitos humanos e a construção de políticas públicas baseadas na escuta e na representatividade.


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