Rio Grande do Norte destaca diversidade religiosa, visibilidade trans e enfrentamento à violência em conferência estadual
- ConLGBTQIA+

- 8 de out.
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Atualizado: 13 de out.

Evento reuniu 200 participantes e articulou arte, fé e memória na defesa dos direitos humanos e da cidadania LGBTQIA+
Natal (RN) — Nos dias 29 e 30 de setembro de 2024, o Rio Grande do Norte realizou sua Conferência Estadual LGBTQIA+, marcada por uma programação simbólica que uniu diversidade religiosa, cultura e visibilidade trans e travesti. Com 200 participantes, incluindo 158 delegadas e delegados, o evento reafirmou o compromisso do estado com o enfrentamento à violência e a valorização da pluralidade como fundamentos da cidadania.
A abertura inter-religiosa reuniu representantes de religiões de matriz africana, da comunidade cristã Nova Esperança e da comunidade espírita, promovendo um espaço de diálogo e respeito à pluralidade de crenças.
A visibilidade trans e travesti foi um dos eixos centrais da conferência. A artista e ativista Aysha Lemo realizou uma performance sobre vivência, resistência e luta trans, reivindicando reconhecimento profissional, valorização da arte e inserção das pessoas trans e travestis nos espaços de poder e cultura.
Um dos momentos mais marcantes foi o ato em homenagem à delegada trans Magnólia, assassinada em Pau dos Ferros. A projeção de imagens de pessoas trans vítimas de violência letal e o grito coletivo de “Parem de nos assassinar”deram força política e emocional ao encontro. Em discurso, a professora Leilane Assunção destacou a urgência de políticas públicas de segurança, proteção e visibilidade para travestis e transexuais.
A programação também contou com a apresentação do grupo “A Casa das Monstras de Açu”, que utilizou a arte como instrumento de convivência e reconhecimento da diversidade, prestando homenagem à governadora do estado e simbolizando o diálogo entre cultura e gestão pública.
Com a participação de movimentos sociais, artistas, representantes religiosos e gestores públicos, a conferência potiguar reforçou a interseccionalidade entre diversidade religiosa, cultura, segurança e cidadania, consolidando o Rio Grande do Norte como um território de memória, resistência e compromisso com os direitos humanos.



